domingo, 17 de maio de 2009

Despir-se

Os caminhos sempre levam-nos a algum lugar que nem sempre sabemos se é o que queremos chegar - mas chegamos. Correr, correr, é bom correr, sentir o vento ao rosto. Liberdade. Rodar e rodar, como brincadeira de criança, é bom. Brincar, correr, pular, cair, sentir, se deixar por apenas um dia. Ser um outro; não ser. Brincar de esconder, esconder-se de si mesmo. Ou melhor, ser apenas ser. Em estado neutro, despido de qualquer sentimento.

sábado, 16 de maio de 2009

Solidão Existencial

O homem é só, fato. As pessoas buscam, sempre, mecanismos para fugir desta realidade, desta verdade inquestionável. Sim, esta é uma verdade universal. A única verdade. Mascarar-se apenas entorpece a visão, a percepção. O medo. As pessoas sentem medo do desconhecido, daquilo que a ciência não explica. Desconhecer o desconhecido. Conhecer o desconhecido. Desconhecer o conhecido. Conhecer o conhecido. Conhecer. Desconhecer. A opção é uma escolha, e esta parte unicamente do eu. Os atos são singulares, o homem é plural, ou não. Teoricamente sim. Pensar é um ato solitário. Por mais que se necessita a presença do outro, o homem é só. O ato de pensar é só, está dentro de si – intrínseco. Tudo que está dentro de si pertence somente ao indivíduo, ao ser. Os sentimentos são individuais, existem elementos motivadores, mas são individuais.

sexta-feira, 15 de maio de 2009


A contra-fluxo...

terça-feira, 5 de maio de 2009

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manuel Bandeira)