terça-feira, 26 de julho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Quanto mais longe, mais distante, mais contínuo, mais e mais e mais e mais como um cíclico que nunca finda. Eis o círculo de fogo que arde, arde, arde, arde, queima, queima, queima, queima aquele que está em seu centro. Faz-se o prisioneiro numa circunferência repetitiva. Roda a roda que roda além do além. Futuro, passado, futuro, presente, passado, presente, futuro. Passo presa ao presente do futuro ausente. Repetitivo, repetitiva, repetitivo, aiiiii repetitivamente meus olhos enxergam por entre as águas, por entre as nuvens, por entre as estrelas, por entre as cortinas de fumaça, por entre os sorrisos, por entre os dentes afiados, por entre os olhares oblíquos, por entre os sonhos, por entre o que não entendo. Repetitiva.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Ela segue uma linha de mistério, fogo e respiração...
Tenho febre de mudanças. Ando pelas estradas, sim eu ando. Sabe o que mais me fascina? O vento. Quero ser como o vento. Não, sou como o vento. Ora calma como uma brisa, ora intensa como um tornado. Se for para fazer algo, que seja com paixão. Tenho sede, tenho fome; sim, eu tenho. Faço da minha vida um filme. Ultimamente, tenho preferido a fúria a sentimentos amenos. Sinto que muitas coisas mudaram, mas estas são apenas a ponta do iceberg. Não espero nada de ninguém e nem por alguém. Aprendi a confiar e contar apenas comigo. Sigo a minha nau. Sei onde quero chegar e vou chegar. Quando conto apenas comigo, eu sempre chego. Individualismo? Talvez. Atitudes? Talvez. Ego? Talvez. Não quero ser um trator, longe disso, apenas escolho deixar para trás aqueles que estão a me atravancar. O que vale a pena afinal? Não sei, mas escolhi ser especial, ao menos para mim.
Tenho febre de mudanças. Ando pelas estradas, sim eu ando. Sabe o que mais me fascina? O vento. Quero ser como o vento. Não, sou como o vento. Ora calma como uma brisa, ora intensa como um tornado. Se for para fazer algo, que seja com paixão. Tenho sede, tenho fome; sim, eu tenho. Faço da minha vida um filme. Ultimamente, tenho preferido a fúria a sentimentos amenos. Sinto que muitas coisas mudaram, mas estas são apenas a ponta do iceberg. Não espero nada de ninguém e nem por alguém. Aprendi a confiar e contar apenas comigo. Sigo a minha nau. Sei onde quero chegar e vou chegar. Quando conto apenas comigo, eu sempre chego. Individualismo? Talvez. Atitudes? Talvez. Ego? Talvez. Não quero ser um trator, longe disso, apenas escolho deixar para trás aqueles que estão a me atravancar. O que vale a pena afinal? Não sei, mas escolhi ser especial, ao menos para mim.
A mais triste manhã
Treme o céu
Treme o ar
Cai as luzes
Vão ao mar
Qual um grito distante?
Tão distante a ecoar?
Cai o céu em prantos
Como um anjo a chorar
Densas nuvens escuras
Cai a noite
A noite cai
Me arrasto pelo chão
Em minhas mãos podes pisar
Como a murcha e morta flor
Que ninguém quer mais tocar
Busco um canto pra ficar
Longe de qualquer lugar
Por favor, não me ergas do chão
Pois sozinho ei de ficar
Pois sozinho ei de ficar
Sozinho como o próprio universo
Como o caos que gera
Com toda dificuldade
Sozinho como a morte de um corpo
Como o silêncio de uma estrela que se apaga
Como o mar que despenca do ar
Sozinho
O feto
Sozinho
O mar
Sozinho
Sozinho ei de ficar e na solidão encontrarei a luz
E a luz será apenas a sombra
A sombra com difilculdade foi gerada para iluminar outros seres
Que sozinhos no mundo vagam com as mesmas ilusões.
(banda Vultos)
Treme o céu
Treme o ar
Cai as luzes
Vão ao mar
Qual um grito distante?
Tão distante a ecoar?
Cai o céu em prantos
Como um anjo a chorar
Densas nuvens escuras
Cai a noite
A noite cai
Me arrasto pelo chão
Em minhas mãos podes pisar
Como a murcha e morta flor
Que ninguém quer mais tocar
Busco um canto pra ficar
Longe de qualquer lugar
Por favor, não me ergas do chão
Pois sozinho ei de ficar
Pois sozinho ei de ficar
Sozinho como o próprio universo
Como o caos que gera
Com toda dificuldade
Sozinho como a morte de um corpo
Como o silêncio de uma estrela que se apaga
Como o mar que despenca do ar
Sozinho
O feto
Sozinho
O mar
Sozinho
Sozinho ei de ficar e na solidão encontrarei a luz
E a luz será apenas a sombra
A sombra com difilculdade foi gerada para iluminar outros seres
Que sozinhos no mundo vagam com as mesmas ilusões.
(banda Vultos)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Estranhismo, despertencimento...
Incompreensão, incompreendida. Sim, incompreendida. Sigo uma lógica que faz muito sentido para mim, mas completamente ilógica para os outros. Os outros. Aqueles que não são estes, esses, eu. Tenho admiração pela liberdade. Ser livre comigo, mostrar-me, ser erro, ser acerto, ser dúvida, ser certeza, ser pergunta, ser resposta. Despida de ranços. O eu por eu mesma. As pessoas acreditam que ser livre é ser caos aos olhos dos outros, quando na verdade, a liberdade consiste em ser fiel aos seus sentimentos, aquilo que te faz grande, te faz essência, te faz único. Eis que um descontentamento paira no ar como uma nuvem carregada que custa a dissipar-se. Estranhamento. Por que sinto este estranhamento que me transporta e isola? Uma ilhota. Um abismo. Sigo a minha lógica, as verdades que acredito, as minhas verdades. Apenas isso. Mil máscaras já foram lançadas a mim, mas nenhuma delas serviu na minha face. Tenho uma firmeza, que assusta. Eu sei. Tenho profunda sede pelo avesso do mundo.
Incompreensão, incompreendida. Sim, incompreendida. Sigo uma lógica que faz muito sentido para mim, mas completamente ilógica para os outros. Os outros. Aqueles que não são estes, esses, eu. Tenho admiração pela liberdade. Ser livre comigo, mostrar-me, ser erro, ser acerto, ser dúvida, ser certeza, ser pergunta, ser resposta. Despida de ranços. O eu por eu mesma. As pessoas acreditam que ser livre é ser caos aos olhos dos outros, quando na verdade, a liberdade consiste em ser fiel aos seus sentimentos, aquilo que te faz grande, te faz essência, te faz único. Eis que um descontentamento paira no ar como uma nuvem carregada que custa a dissipar-se. Estranhamento. Por que sinto este estranhamento que me transporta e isola? Uma ilhota. Um abismo. Sigo a minha lógica, as verdades que acredito, as minhas verdades. Apenas isso. Mil máscaras já foram lançadas a mim, mas nenhuma delas serviu na minha face. Tenho uma firmeza, que assusta. Eu sei. Tenho profunda sede pelo avesso do mundo.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Noturna
Suaves, quentes, sinto que suas mãos aquecem meu corpo, minha face, secam minhas lágrimas. Passeios, curvas sinuosas, deslizes intencionais. Silêncio, o silêncio sentencia as intenções, olhares, gestos, gostos. Rosto, face, olhos, lábios, sensações. Respiro, respira, inspiro, inspira.
Cansada de sonhos. Cansada de esperar-lhe.
http://www.youtube.com/watch?v=ehGmNQjQ1nA
(Trilha que inebria, inebria-me.)
Suaves, quentes, sinto que suas mãos aquecem meu corpo, minha face, secam minhas lágrimas. Passeios, curvas sinuosas, deslizes intencionais. Silêncio, o silêncio sentencia as intenções, olhares, gestos, gostos. Rosto, face, olhos, lábios, sensações. Respiro, respira, inspiro, inspira.
Cansada de sonhos. Cansada de esperar-lhe.
http://www.youtube.com/watch?v=ehGmNQjQ1nA
(Trilha que inebria, inebria-me.)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Horas rubras
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
(Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade)
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
(Florbela Espanca - Livro de Sóror Saudade)
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Cada dia, cada instante, mais e mais distantes, até não sobrar nada mais de ti. É assim, longa jornada, que finda, sem brechas, sem frestas, com arestas, desconexas, devidamente deslocadas, o nada lhe cai bem.
Tudo passa. Sigo em direção ao horizonte, não posso (e não quero) parar.
"Sometimes I sleep,
sometimes it's not for days
sometimes it's not for days
And people I meet
Always go their separate ways..."
Tudo passa. Sigo em direção ao horizonte, não posso (e não quero) parar.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Despedida
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? – me perguntarão.
– Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
(Cecília Meireles)
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? – me perguntarão.
– Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
(Cecília Meireles)
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Considerações
(...)temos constantemente de parir nossos pensamentos de nossa dor e maternalmente transmitir-lhes tudo o que temos em nós de sangue, coração, fogo, prazer, paixão, tormento, consciência, destino, fatalidade.
(Friedrich Nietzsche)
Viva sempre pelo máximo, pois quando se tolera e aceita viver pelo mínimo, relevando alguns aspectos, este sempre se volta contra você.
(...)temos constantemente de parir nossos pensamentos de nossa dor e maternalmente transmitir-lhes tudo o que temos em nós de sangue, coração, fogo, prazer, paixão, tormento, consciência, destino, fatalidade.
(Friedrich Nietzsche)
Viva sempre pelo máximo, pois quando se tolera e aceita viver pelo mínimo, relevando alguns aspectos, este sempre se volta contra você.
Poemeto Irônico
O que tu chamas tua paixão,
É tão-somente curiosidade.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade...
Curiosidade sentimental
Do seu aroma, da sua pele.
Sonhas um ventre de alvura tal,
Que escuro o linho fique ao pé dele.
Dentre os perfumes sutis que vêm
Das suas charpas, dos seus vestidos,
Isolar tentas o odor que tem
A trama rara dos seus tecidos.
Encanto a encanto, toda a prevês.
Afagos longos, carinhos sábios,
Carícias lentas, de uma maciez
Que se diriam feitas por lábios...
Tu te perguntas, curioso, quais
Serão seus gestos, balbuciamento,
Quando descerdes nas espirais
Deslumbradoras do esquecimento...
E acima disso, buscas saber
Os seus instintos, suas tendências...
Espiar-lhe na alma por conhecer
O que há sincero nas aparências.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade...
O que tu chamas tua paixão,
É tão-somente curiosidade.
(Manuel Bandeira - A Cinza das Horas)
O que tu chamas tua paixão,
É tão-somente curiosidade.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade...
Curiosidade sentimental
Do seu aroma, da sua pele.
Sonhas um ventre de alvura tal,
Que escuro o linho fique ao pé dele.
Dentre os perfumes sutis que vêm
Das suas charpas, dos seus vestidos,
Isolar tentas o odor que tem
A trama rara dos seus tecidos.
Encanto a encanto, toda a prevês.
Afagos longos, carinhos sábios,
Carícias lentas, de uma maciez
Que se diriam feitas por lábios...
Tu te perguntas, curioso, quais
Serão seus gestos, balbuciamento,
Quando descerdes nas espirais
Deslumbradoras do esquecimento...
E acima disso, buscas saber
Os seus instintos, suas tendências...
Espiar-lhe na alma por conhecer
O que há sincero nas aparências.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade...
O que tu chamas tua paixão,
É tão-somente curiosidade.
(Manuel Bandeira - A Cinza das Horas)
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Não consigo descrever a sensação que trago, apenas digo...
Sentada a ouvir palavras verdes ditas por um barítono e embreagada de sono por um anti-alérgico, ouço o canto de pássaros. Divago, a vago, sem vago. Sinto que algo está no ar, está no ar. Força, coragem, perseverança. É tempo de mudanças, de deixar para trás os que merecem lá estar.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Brisas notivagas
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Sem cinzas (ao menos desta vez)
Vejo uma luz tão distante,
quase magnética.
Diga-me o que pensas?!
Curiosa, ouvinte pulsante,
inúmeros vínculos de sentir.
Que energia esplendida.
Faça-me sentir forte,
faça-me sentir luz,
faça-me seguir em frente,
atravessar a rua,
percorrer o caminho,
correr e correr,
saltitante pelas calçadas.
Ah, sentir o gostinho da brisa
que acaricia delicadamente a face.
Fecho os olhos, tenho o mundo.
Vejo uma luz tão distante,
quase magnética.
Diga-me o que pensas?!
Curiosa, ouvinte pulsante,
inúmeros vínculos de sentir.
Que energia esplendida.
Faça-me sentir forte,
faça-me sentir luz,
faça-me seguir em frente,
atravessar a rua,
percorrer o caminho,
correr e correr,
saltitante pelas calçadas.
Ah, sentir o gostinho da brisa
que acaricia delicadamente a face.
Fecho os olhos, tenho o mundo.
domingo, 15 de agosto de 2010
... de desalento... de desencanto.
Respostas, onde estão as respostas? A impressão que tenho é que do alto deste abismo, a queda parece ser tão longa, porém, não mais longa que a espera por aquilo que nunca virá. Queda livre ou voar? Tantos motivos para parar, tantos motivos para seguir. Qual é a diferença quando nunca se está bem? Existem teorias de viver, estas se mostram tão belas, simples, felizes. Não as entendo ou, então, elas não me entendem. Antíteses, talvez. O que faz sentido? Afinal, o que venha ser esta tal felicidade? Pra que teorizar... se o vazio é bem maior. De braços dados com a solidão dançarei no vácuo do tempo até não ter forças para sobreviver. O nada, com um ranço de inconstância no semblante, hoje, acenou para mim e prontamente, de volta, acenei. Queda livre ou voar?
sábado, 14 de agosto de 2010
Faces da noite, em tua esfera vou me banhar, me libertar. Portas arrombadas, vidros estilhaçados, abajures quebrados, lâmpadas queimadas. Sigo, sigo, sigo. Faces da noite. Uma garrafa de conhaque e um livro nas mãos, infinitas inquietações, a predestinação de seguir sempre em frente. Ímpar ou par? Não importa. Segue, segue, segue. Singularidades de uma rapariga.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Alguns poetas são eternos... também quero saber, Renato.
http://www.youtube.com/watch?v=5xXWjo0I_W8
(Antes das seis - Legião Urbana)
sábado, 7 de agosto de 2010
Epifanias cotidianas. Prazeres singelos ou intensos. Como decifrar uma eterna contradição? Olho todos os dias no espelho e digo: simplesmente, não é possível compreender tal enigma. Acostuma-te aos teus risos, delírios, sonhos, choros, alucinações, ilusões. Aos desdobramentos de conduta. Acostuma-te à lama que te espera, como diria Augusto dos Anjos.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Em redor da sombra faz calor de suor abundante. Estou viva. Mas sinto que ainda não alcancei os meus limites, fronteiras com o quê? sem fronteiras, a aventura da liberdade perigosa. Mas arrisco, vivo arriscando. Estou cheia de acácias balançando amarelas, e eu que mal e mal comecei a minha jornada, começo-a com um senso de tragédia, adivinhando para que oceano perdido vão os meus passos de vida. E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca.
(Clarice Lispector - Água Viva)
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Isolation, isolation, isolation...
Ian Curtis me entenderia...
Mas se você apenas pudesse ver a beleza,
Destas coisas que eu nunca poderia descrever,
Destes prazeres - caprichosos, distrativos
Este é o meu único prêmio da sorte
Isolamento, isolamento, isolamento...
Mas se você apenas pudesse ver a beleza,
Destas coisas que eu nunca poderia descrever,
Destes prazeres - caprichosos, distrativos
Este é o meu único prêmio da sorte
Isolamento, isolamento, isolamento...
sábado, 31 de julho de 2010
Craving
I wandered through the streets
Hoping to be found
Do you wanna meet
Do you wanna feed
There is this empty place
It's the hunger I feel inside
(...)
My soul is not my own
Today I want to forget
At night I hear this call
Play this killing game
http://www.youtube.com/watch?v=omhLaqyYs_A
(Clan of Xymox)
Hoping to be found
Do you wanna meet
Do you wanna feed
There is this empty place
It's the hunger I feel inside
(...)
My soul is not my own
Today I want to forget
At night I hear this call
Play this killing game
http://www.youtube.com/watch?v=omhLaqyYs_A
(Clan of Xymox)
Eu e o mundo
Que me importa tuas cores se não me pertences?
Qual a tua beleza: ser belo?
E qual tua grandeza: ser grande?
Que me importa tudo, a mim que não existo senão dentro de mim mesmo?
A ti, o intocável, eu observo.
A mim, perdida, ignoras.
Tua vida não é a minha.
Eu sonho; você é.
Veja que incompatibilidade!
Que me importa tuas cores se não me pertences?
Qual a tua beleza: ser belo?
E qual tua grandeza: ser grande?
Que me importa tudo, a mim que não existo senão dentro de mim mesmo?
A ti, o intocável, eu observo.
A mim, perdida, ignoras.
Tua vida não é a minha.
Eu sonho; você é.
Veja que incompatibilidade!
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Marcas
Nestas noites solitárias, avulsas, com pensamentos tão eloquentes e enlouquecedores, percebo que jamais voltarei a ser o que fui ou o que almejava ser. Meu corpo queima. Minhas asas derretem. Minha alma enfraquece. Meus sonhos: interrompidos. As cicatrizes - semi abertas...
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A medalha
Um conto de Lygia Fagundes Telles interpretado magnificamente pela atriz Maria Luíza Mendonça.
sábado, 24 de julho de 2010
Olho no espelho e vejo uma cachoeira, suas águas são límpidas, quase cristalinas, seu gosto: uma mistura de água com sal. Um sabor muito familiar aos que no limiar da noite clamam pelo cessar dos seus pesares. Como num trampolim, salto, quero alcançar o céu e cair ao mar, na esperança de afogar o que me faz faltar o ar e emergir num recanto ou num canto, encantados, o meu mundo. A minha Pasárgada. Pura ilusão. Nesse mundo de incertezas, a única certeza que possuo é a que não sou humana.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Espinhos
Pressões, desgostos, medos, angústias, sonhos, não-sonhos. O ser, o não-ser. O sublime, mais que sublime. O ser, sendo. Caminhar por estradas e caminhos, apreciar a paisagem, que ora se mostra risonha, ora se mostra nebulosa. Caminhar por entre flores e espinhos, e perceber que possivéis cortes não se fecharão, enquanto não se sentir a essência do perfume das flores. Prova! o néctar das flores, o néctar da vida.
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…
(Florbela Espanca - Livro de Mágoas)
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…
(Florbela Espanca - Livro de Mágoas)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)
http://www.youtube.com/watch?v=D8d_RHTFRik&feature=related
domingo, 18 de julho de 2010
Perfeição
http://www.youtube.com/watch?v=eaU7OsIdjUc
Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...
(...)
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
(...)
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...
(Legião Urbana - Perfeição)
Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...
(...)
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
(...)
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...
(Legião Urbana - Perfeição)
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