quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tem dias, que a mulher forte se transforma numa menininha assustada e com frio.
Ela segue uma linha de mistério, fogo e respiração...

Tenho febre de mudanças. Ando pelas estradas, sim eu ando. Sabe o que mais me fascina? O vento. Quero ser como o vento. Não, sou como o vento. Ora calma como uma brisa, ora intensa como um tornado. Se for para fazer algo, que seja com paixão. Tenho sede, tenho fome; sim, eu tenho. Faço da minha vida um filme. Ultimamente, tenho preferido a fúria a sentimentos amenos. Sinto que muitas coisas mudaram, mas estas são apenas a ponta do iceberg. Não espero nada de ninguém e nem por alguém. Aprendi a confiar e contar apenas comigo. Sigo a minha nau. Sei onde quero chegar e vou chegar. Quando conto apenas comigo, eu sempre chego. Individualismo? Talvez. Atitudes? Talvez. Ego? Talvez. Não quero ser um trator, longe disso, apenas escolho deixar para trás aqueles que estão a me atravancar. O que vale a pena afinal? Não sei, mas escolhi ser especial, ao menos para mim.
A mais triste manhã

Treme o céu
Treme o ar
Cai as luzes
Vão ao mar
Qual um grito distante?
Tão distante a ecoar?
Cai o céu em prantos
Como um anjo a chorar
Densas nuvens escuras
Cai a noite
A noite cai

Me arrasto pelo chão
Em minhas mãos podes pisar
Como a murcha e morta flor
Que ninguém quer mais tocar
Busco um canto pra ficar
Longe de qualquer lugar
Por favor, não me ergas do chão
Pois sozinho ei de ficar

Pois sozinho ei de ficar
Sozinho como o próprio universo
Como o caos que gera
Com toda dificuldade
Sozinho como a morte de um corpo
Como o silêncio de uma estrela que se apaga
Como o mar que despenca do ar
Sozinho
O feto
Sozinho
O mar
Sozinho
Sozinho ei de ficar e na solidão encontrarei a luz
E a luz será apenas a sombra
A sombra com difilculdade foi gerada para iluminar outros seres
Que sozinhos no mundo vagam com as mesmas ilusões.

(banda Vultos)