quinta-feira, 30 de abril de 2009

Eu rio

Eu rio, demasiadamente, na sua face trêmula, do que tens medo? Nada mais me oprime - sim, eu posso, eu quero, eu vou. Só os mais fortes sobrevivem. Sou mais forte que a sua fragilidade, impregnada de falsos impulsos. Eu rio na sua face. Quem vive? Quem sobrevive? Eu não vou cair. Estagnação pertence apenas àqueles que não buscam. Estagnar-me nunca hei. Estagne-se nessa lama composta pelos restos mais fétidos da sua mente. Dance até que ela endureça e petrifique suas articulações. A névoa te encobrirá como nos campos tomados por manchas da madrugada, certamente ouvirás ecos dos mais longínquos lugares e não conseguirás identificá-los, apenas, estes te atormentarão. Eu rio na sua face. Seguraste o cálice, tomaste o vinho, sinta o sabor amargo das escolhas.

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